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Sobre Antonio Miranda
 
 


 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Foto e biografía: https://spanish-cayambismusicpress-eu.translate.goog/

 

LUIS ERNESTO GÓMEZ

(  VENEZUELA  )

 

O compositor venezuelano Luis Ernesto Gómez nasceu em Maracay, Venezuela em 1977.
Iniciou seus estudos musicais no Sistema de Orquestras Juvenis e Infantis da Venezuela, na Cátedra Latino-Americana de Composição (2002-2005) e depois obteve a licenciatura em Música.
Especializou-se em Composição pela Universidade das Artes (2002-2006) e mestre em música pela Universidade Simón Bolívar (2009-2011), onde estudou com os professores Federico Ruiz e Diana Arismendi.
Suas obras geraram excelentes críticas de figuras renomadas dentro e fora de seu país, como José Antonio Abreu, Juan Calzadilla, Juan Carlos Núñez, Alfredo Del Mónaco, Alfredo Rugeles, Gerardo Gerulewicz, Juan Arturo Brennan, Enzo Filippetti, Xavier Benguerel, entre outros.
O seu Concerto para Orquestra obteve o Primeiro Lugar no Prémio “Antonio Estévez” no I Concurso Nacional de Composição Musical 2010 organizado pela Orquestra Sinfónica da Venezuela.
Foi nomeado júri do Concurso de Composição Musical 2014 organizado pela Universidade Simón Bolívar de Música de Câmara.

 

AMANECIERON DE BALA – Panorama actual de la joven poesía venezolana. ANTOLOGIA.  Caracas: El perro y la rana , 2007.  306 p. ISBN: 978-980-396-832-8

Exemplar biblioteca de Antonio Miranda


 CUANDO creí que se iba a acabar el silencio
seguí respirando tras las velocidades del aire
Pensé que quizá era humo tu carne espléndida
Hielo de dios  a fuerza de tiniebla
inacabada en los arcángeles de tu mano
roja tras la puerta

Cuando la luz nos canta verde
puedes hacer de la lluvia tu rostro Río cantando herido
Girando el amarillo celeste a reunirse con tu cuerpo

Virgen del olvido Llegué a sentir que en tu brazo mortal
ibas a romper la soledad La aurora que nos duele en el relámpago
Que te ibas a romper Como tramas que el silencio soñara
y se mecieran en la muerte Como las olas que mueren en su
madrugada
Que ningún eco pudiera esperarnos en tu garganta Que ningún aire
llegara tan de prisa en tus labios Cuando ibas a regresar del tiempo

y eras espesura
y eras el lugar de los abismos
cuando te esfumas en la ardiente marea
cuando te esfumas en la sangre


V

Léase vertiginoso
como vertical Díctese que como molécula
azul en celo Fieras entre mis piernas
ardiendo una muertecita blanca espesa y que casi muero
y la boca que no ha pedido estallar
sin ese equilibrio desnudo
o el brazo ese terrible
de tu hilo nacarándose
porque aureola enmudece
sabe a jengibre y a daga de fondo de mar

Sólo pido
beberte

a velocidades curvas
a vuelos más que vientos de espiral
danzando como 8 nunca cero a tu costado
Opresora o contraída giratoria
casi védica lluvia pélvico trueno
Lamiendo este panal que estaba aguardando
para ti Como laúd traspasado en las
abejas de tu cuerpo

Insinúas
para mí
el 2 minérvico
con el rojo
afrodisiando el paraíso

 
HACERME
quieta mordedura en los confines de tu sombra
Porque aquí no hay ojos
Sino un imposible rastro de fruta balsámica
fragante móvil con sus cuerdas de celaje incendio
Aquí no hay canto sino de pájaros que esperan tu ventana
y los brazos que susurran el alimento bendito
para seguir cantando en tu garganta
para seguir subiendo despacio por tu carne
su estrépito vocal
donde todo puede decirse
por los dioses fugitivos que te aman


EL ESPEJO
se encuentra repetido
Su brillo crea una suerte de galaxia
donde se mueven las miradas
Seco, el silbido, atorrante
mezcla develada
Música para tu impublicable palabra
Ser inquieto y demoledor
Olvidado en su destello, incoloro
se hace repetir
Ante la luz que vive de mirarte
De achicarte como los ecos
De alejarte imprecisa
Humareda en que reposas
Tus ojos que proyectan perspectivas
que se alinean al moverse
al rodarse entrecortados
Que se aprecian insondables e inertes
ya de encarnar en tu cuerpo
la más rotunda oscuridad


DEBE
haber algo poético en las sombras
Debe haber algo qué encontrarle
y las huellas que quedaron
a las olvidadas ausencias retratadas
Debe haber algo poético en la acostumbrada acción
abrir la puerta y entrar en la misma sala
en la misma escena cambiante
pasar el picaporte con las mismas pestañas
asimismo indagar que debe haber algo incrustado
Debe haber algo de huella
algo de olvidada ausencia
retratada en las ventanas de tus ojos
disgregada en tu forma de fluir
Debe haber algo que te sabe a hierba
a sombra que se observa en el espejo
a esa acción que es encontrarse reflejado
algo oscuro sorprendido
algo en deuda de existencia
algo inocuo, innombrado, perenne
que se preserva en nuestra sangre
que se cuida muy bien de no pertenecer a lo dicho
que se dice más allá de sombra siendo sombra
abrir la puerta y entrar en ese ciclo insistente
ensimismado, dormido
Debe haber en este cuarto algo
que nos haga despertar


QUÉ HACER con la palabra repleta
cuando se hace agudo el gesto urgente
con el ojo que ve justo al blanco, certero
cuando se olvida la acción fundamental
qué puedes buscar en la propaganda maldita
en la atroz laguna que se lleva tus ideas a su paso
qué urgencia presurosa puede confabularse
y qué punto esencial en tu respuesta
qué cuarteto ante la bala puede escribirse
qué forma desplegarse cortando en seco
la luz que no duerme
qué asombro hará no confiarte lo obvio 
quizá no sabes demasiado
apunta al blanco y haz coincidir el proyectil

TEXTOS EM PORTUGUÊS
Tradução de ANTONIO MIRANDA

 

 QUANDO acreditei que ia acabar o silêncio
segui respirando detrás das velocidades do ar
Pensei que talvez era fumaça tua carne esplêndida
Gelo de deus a força de escuridão
inacabada nos arcanjos de tua mão
rubra atrás da porta

 Quando a luz nos canta verde
podes fazer da chuva teu rosto Rio cantando ferido
Girando o amarelo celeste a reunir-se com teu corpo

Virgem do esquecido Cheguei a sentir que em teu braço mortal
ias romper a solidão A aurora que nos dói no relâmpago
Que ias a romper Como tramas que o silêncio sonhara
e se abalaram na morte Como as ondas que morrem em sua
madrugada
Que nenhum eco poderia esperar-nos em tua garganta Que nenhum

                                                                                              [ar
chegara tão de pressa em teus lábios Quando ias regressar do
tempo

e eras espessura
e eras o lugar dos abismos
quando desapareces na ardente maré
quando desapareces em teu sangue


V

Leia-se vertiginoso
como vertical Dite a si mesmo que como molécula
azul no zelo Feras entre minhas piernas
ardendo uma pequeña norte branca espesa e que quase  morro

   e a boca que não pediu para explodir
sem esse equilíbrio despido
ou o braço esse terrível
de teu fio de pérolas
porque aureola emudece
sabe a gengibre e o punhal do fundo de mar

Peço apenas
beber-te

as velocidades curvas
a voos mais que ventos de espiral
dançando como 8 nunca zero em tua costa
Opressora ou contratada giratória
quase védica chuva pélvico trovão
Lambendo este favo de mel que estava aguardando
para ti Como alaúde transpassado nas
abelhas de teu corpo

Insinuas
para mim
o 2 minérvico
com o rubro
afrodisiando o paraiso


 
FAZER-ME
quieta mordida nos confins de tua sombra
Porque aqui não há olhos
Senão um impossível rastro de fruta balsâmica
fragante móvil com suas cordas de selagem incêndio
Aqui não há canto senão de pássaros que esperam em tua janela
e os braços que sussurram o alimento bendito
para seguir cantando em tua garganta
para seguir subindo devagar por tua carne
seu estrépito vocal
onde tudo pode dizer-se
pelos deuses fugitivos que te amam


O ESPELHO
se encontra repetido
Seu brilho cria uma espécie de galaxia
onde se movem os olhares
Seco, o assovio, atorante
mescla revelada
Música para teu impublicável palavra
Ser inquieto e demolidor
Esquecido em seu clarão, incolor
se faz repetir
Frente à luz que vive de mirar-te
De encolher-te como os ecos
De afastar-te imprecisa
Fumaça em que repousas
Teus olhos que projetam perspectivas
que se alinham ao mover-se
ao rodar-se agitados
Que se apreciam insondáveis e inertes
já de encarnar em teu corpo
a mais rotunda escuridão


DEBE
haver algo poético nas sombras
Deve haver algo que encontrar-lhe
e as pegadas que ficaram
às esqquecidas ausências retratadas
Deve haver algo poético na acostumada ação
abrir a porta e entrar na mesma sala
na mesma cena mutável
passar a trava com as mesmas pestanas
assim mesmo indagar que deve haver algo incrustado
Desve haver algo na impressão digital
algo de olvidada ausência
retratada nas ventanas de teus olhos
disintegrada em tua maneira de fluir
Deve haver algo que te sabe a erva
a sombra que se observa no espelho
a essa ação que é encontrar-se refletido
algo escuro surpreendido
algo na dívida da existência
algo inócuo, sem nome, perene
que se preserva em nosso sangue
que se cuida muito bem de não pertencer ao dito
que se diz mais além de sombra sendo sombra
abrir a porta e entrar nesse ciclo insistente
ensimesmado, dormido
Deve haver neste quarto algo
que nos faça despertar


QUE FAZER com a palavra repleta
quando se faz agudo o gesto urgente
com o olho que vê justo o branco, certeiro
quando se esquece a ação fundamental
que podes buscar na propaganda maldita
na atroz lagoa que se leva tuas idéias em sua passagem
que urgência apressada pode confabular-se
e que ponto essencial em tua resposta
que quarteto diante da bala pode escrever-se
que forma implantar cortando em seco
a luz que não dorme
que assombro fará em confiar-te o óbvio 
talvez não sabes demasiado
aponta o branco e faz coincidir o projétil

*
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Página publicada em agosto de 2024


 

 

 
 
 
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